Como uma pedra, o livro

Temos aqui a junção de dois momentos de criação: o de Brennand e o de Isaias. Os dois acontecendo concomitantemente. Percebe-se, também, as sutilezas do processo de transmissão de conhecimentos do mestre para o discípulo, assim como a constatação de uma bela amizade.

Como uma Pedra pretendia-se um registro das fases de produção de mais uma obra de Brennand, mas acaba transbordando os limites normalmente atribuídos a uma documentação fotográfica.

Isaias produz um trabalho que nos coloca constantemente entre “a imagem que comprova e a imagem que ilude”, como diria Maurício Lissovsky. Não temos clareza se estamos diante dos acontecimentos do cotidiano ou de cenas ensaiadas de um teatro ao ar livre. Ainda mais quando o fotógrafo constrói formas e símbolos com as ferramentas e hastes de ferro da construção, de uma maneira tão sutil, que é preciso um olhar mais atento para conseguir identificar.